Quero aproveitar o Sábado Sessão Saudade de hoje para conhecer mundos distantes, planetas coloridos, civilizações estranhíssimas… E encontrei três sagas europeias que se encaixam perfeitamente. Boa leitura!

O Mundo de Edena”, de Moebius

Qualquer obra ilustrada e colorida por Moebius (1938-2012) é “uau”. A imaginação do artista francês parecia ilimitada: os seres alienígenas e planetas retratados por eles são repletos de cores e formas tão belas que primeiro agradam aos olhos, e só depois causam estranhamento.

“O Mundo de Edena” é uma saga lançada em seis volumes, de 1983 a 2001. Dois viajantes especiais, Stel e Atan, vão, por acidente, parar em um planeta desconhecido. Quando tentam retomar o rumo, encontram uma pirâmide misteriosa frequentada por pessoas ainda mais misteriosas. Aí…

Lone Sloane”, de Philippe Druillet

O francês Philippe Druillet é um baita artista. Compõe páginas de quadrinhos como se fizesse enormes pinturas: detalhadas, lindas, coloridas, por vezes experimentais. “Lone Sloane” é sua obra-prima. Em um futuro bem distante, o protagonista-título é um aventureiro que se envolve em tramas secretas, planetas dedicados aos pecados, adversários com poderes semidivinos… E tudo, tudo, serve de base para as mesmerizantes pinturas de Druillet.

Incal”, de Alejandro Jodorowsky e Moebius

O franco-chileno Jodorowsky é quadrinista, poeta, tarólogo, dramaturgo, titeiro e cineasta – foi homenageado no Festival de Cannes de 2006 com a exibição de seus filmes “O Topo” e “A Montanha Sagrada”. Ele encontrou em Moebius um ótimo parceiro para criar a mitologia do universo de “Incal”, com sua imaginação fértil e sua arte precisa e detalhada.

Juntos, eles publicaram, de 1981 a 88, os seis álbuns de “Incal” – que depois ganhou séries derivadas. Criaram um universo ao mesmo tempo tecnológico e místico, muito rico em conceitos, detalhes e personagens. Não vou nem tentar sintetizar. Vou dar só o ponto de partida: em um futuro distante e distópico, o detetive John Difool se envolve em uma trama com civilizações interplanetárias, assassinos invencíveis e seitas religiosas poderosíssimas.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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