Em 1998, a Via Lettera lançou uma graphic novel que mexeu com minha cabeça: “Cidade de Vidro“. Esta obra de 150 páginas, lançada em um pequeno formato, era profunda e misteriosa que me deu um nó tático, como diriam os comentaristas esportivos.

O roteirista Paul Karasik e o escritor e ilustrador David Mazzucchelli adaptaram com maestria a obra de Paul Auster. Fiquei tão empolgado com este curioso mistério envolvendo um escritor de suspenses, coincidências, ligações telefônicas sombrias e até a presença do próprio Paul Auster como coadjuvante me levaram a ir atrás da obra em prosa. Não me arrependi.

Acabei descobrindo que “Cidade de Vidro”, lançado em 1985, era a primeira obra da “Trilogia de Nova York“, lançada por Auster em 1985 e 86. Devorei as três histórias (“Fantasma” e “O Quarto Fechado” completam a série) e, ato contínuo, fui atrás de outros livros dele. Virei fã.

Pois bem. A adaptação de “Cidade de Vidro” em quadrinhos saiu originalmente nos EUA em 1994. E a adaptação seguinte… nunca. Pelo menos, até agora. Li no The Beat que Karasik, após “apenas” três décadas, vai conseguir concluir a adaptação da trilogia. A graphic novel “The New York Trilogy” sairá em abril nos Estados Unidos. As ilustrações de “Fantasma” ficarão a cargo do italiano Lorenzo Mattotti, enquanto o próprio Karasik desenhará “O Quarto Fechado”. Ainda nem saiu por lá e já estou torcendo para ser publicada por aqui.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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