
Toda forma de arte (cinema, música, literatura, HQs…) tem múltiplas funções, do escapismo a reflexões sociológicas, passando por nos apresentar a outros tempos – ou outros países…
Aqui entre nós, o que você sabe sobre a Somália, exceto que fica na África? Que idioma é falado lá? Conhece algum time de futebol ou algum ídolo local de algum esporte? Algum músico? Já viu um filme rodado lá?
A editora nVersos está lançando uma HQ que serve, ao mesmo tempo, a uma apresentação da Somália contemporânea com um choque de realidade: uma HQ inspirada a infância de um somali que cresceu em um campo de refugiados de seu país. Esta é a premissa de “Quando as estrelas se espalham“, escrita por Omar Mohamed e ilustrada pela americana Victoria Jamieson. A obra está em pré-venda, e abaixo segue a sinopse da editora.

“Ainda muito pequenos para se lembrar, Omar e seu irmão caçula, Hassan, fogem da Guerra da Somália para os campos de refugiados no Quênia, mais especificamente, Dadaab. Lá eles passam da infância para a adolescência e levam uma vida difícil enquanto fazem amigos e constroem um senso de lar, em um lugar onde a escassez de recursos e a espera pelo reassentamento são o que preenche os dias monótonos de quem não tem nada, além de esperança. Apesar de terem sido adotados pela gentil Fatuma, que acolhe os irmãos como se fossem seus filhos, Omar e Hassan nunca deixam de procurar e ansiar pelo reencontro com a mãe verdadeira.
Quando Omar tem a chance de frequentar a mesma escola que seus amigos, ele se vê dividido entre desejo e obrigação: ficar em casa e cuidar de seu irmão não-verbal, a única família que lhe restou, ou ir a escola e buscar, por meio da educação, um caminho para além de Dadaab.
Baseado em uma história real, Quando as Estrelas se Espalham é uma narrativa emocionante sobre resiliência, esperança e o poder transformador da educação. Sofrimento, esperança e humor gentil coexistem nesta graphic novel sobre uma infância à espera de um futuro melhor e um jovem que é capaz de criar um senso de família e lar nos cenários mais difíceis.”
