Já passei por grupos de discussão tanto de cinema quanto de literatura, artes irmãs dos quadrinhos. E uma das discussões mais interessantes que tive nestes coletivos foi sobre o filme surreal “Um Cão Andaluz”, lançado por Luis Buñuel e Salvador Dalí no distante 1929. Surreal, claro, mas também surpreendente, hermético e, talvez, lírico. Adoro.

Enfim, a editora Veneta vai lançar uma graphic novel que tem a difícil tarefa de adaptar esta obra: “Um Cão Andaluz“, Bruno Alves, que já está em pré-venda.

Abaixo, a sinopse da editora:

Lançado em 1929, o filme é considerado um marco do cinema surrealista, rompendo com as convenções narrativas da época e influenciando gerações de artistas e cineastas ao redor do mundo. Com quase um século de existência, a obra continua a provocar pela sua inventividade visual e pelo impacto de suas imagens perturbadoras.

O filme original mistura a inquietação e o maravilhoso: navalhas cortam o espaço, formigas percorrem superfícies inesperadas, e pequenas ações cotidianas se desdobram em gestos que transitam entre sonho e pesadelo.

A adaptação gráfica de Bruno Alves capta esses desdobramentos, reorganizando-os em páginas que dialogam com o cinema e a pintura, onde cada quadro revela algo do irracional escondido sob a superfície do real. O leitor é conduzido por fragmentos e imagens que desafiam lógica e cronologia, numa experiência de leitura visual que é ao mesmo tempo onírica e magnética.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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