O norte-americano Robert Crumb, nome fundamental dos quadrinhos independentes norte-americanos, lançará ainda este ano seu primeiro livro desde 2022. Vi no The Beat que a editora norte-americana Fantagraphics anunciou para novembro “Tales of Paranoia” (“Contos de paranoia”, em tradução livre).

Crumb é conhecido por criar quadrinhos mordazes, crus, sem amarras. Não há tema tabu para ele: sexo, drogas, violência – ele aborda o que quiser, e se você não gostar, o problema é seu. Ótimo roteirista e ilustrador, sempre foi um contumaz crítico da sociedade e de todos os seus integrantes – inclusive ele mesmo, claro.

Quando eu cresci, era difícil achar obras do Crumb por aqui – talvez pelo conteúdo pesado. Hoje, não é tão difícil. Uma rápida busca em livrarias online mostra que estão disponíveis como “Viva a Revolução!”, “Gênesis” e “A Mente Suja de Robert Crumb”.

E se você é fã dele, ou sabe de sua importância mas não conhece muito de sua história, há dois filmes (ambos excelentes) que posso indicar. O documentário “Crumb”, lançado por Terry Zwigoff em 1994, é incrível, sem filtros e completo, com entrevistas do próprio Crumb e de pessoas ao seu redor. Está disponível no Prime Video.

“Anit-Herói Americano”, dirigido por Shari Springer Berman e Robert Pulcini, é uma biografia dramatizada em outro quadrinista, o também incrível Harvey Pekar, mas Crumb (interpretado por James Urbaniak) tem um papel importante. Está no HBO Max e no Prime Video.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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