A coreana Keum Suk Gendry-Kim é um dos grandes nomes dos quadrinhos da atualidade. É dela “Grama“, a dramática história real de uma sobrevivente de escravidão sexual, e “A Espera” (imagem abaixo), sobre famílias dolorosamente separadas após a guerra entre as Coreias do Norte e do Sul.

Há uma nova obra de Gendry-Kim vindo aí, e mais uma vez focada na história recente das Coreias: “Meu Amigo Kim Jong-Un“, sobre o ditador norte-coreano. Confesso que sei pouco sobre o livro, que está sendo publicado praticamente simultaneamente lá em Seul e por aqui.

As informações sobre Kim Jong-Un, fora do seu país natal, não são muitas – nem precisas. Não sabemos, por exemplo, sequer a sua data de nascimento, como esta matéria da agência Reuters publicada este ano:

“Kim Jong-un pode ter completado 40 anos nesta segunda-feira (8). Apesar do silêncio da mídia norte-coreana, acredita-se que o aniversário do ditador ocorra na data e, no que se refere ao seu ano de nascimento, o governo dos Estados Unidos aponta para 1984. A data de aniversário de Kim sempre foi cercada de mistério. O mais próximo que a Coreia do Norte se aproximou de uma confirmação foi em janeiro de 2020, quando autoridades locais reconheceram que o ditador havia recebido cumprimentos de aniversário do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, embora não tenham mencionado a data exata.”

A falta de informações é tal que também não se sabe quantos filhos Jong-Un tem. Diz a mesma matéria da Reuters: “A última vez em que Kim foi visto foi no último domingo (7), visitando uma granja acompanhado de sua filha, Kim Ju-ae, e oficiais superiores. Segundo informação divulgada pela agência de inteligência da Coreia do Sul na última quinta-feira (4), Ju-ae é a sucessora mais provável do ditador e, embora tenha somente dez anos, já acompanha o pai em eventos públicos e testes de mísseis. Ainda segundo Seul, Kim poderia ter outros dois filhos, um mais novo e um mais velho. Até o momento, todavia, Ju-ae é a única descendente dele a aparecer em público.”

Além da já comprovada qualidade do trabalho de Keum Suk Gendry-Kim, será interessante se tivermos mais informações sobre ele.

Abaixo, a sinopse da editora:

“Publicado quase simultaneamente na Coreia do Sul e no Brasil, Meu Amigo Kim Jong-un é o fechamento da trilogia da autora sobre o efeito das guerras em seu país, ao lado de Grama e A Espera. Um verdadeiro dossiê em quadrinhos sobre o controverso governante da Coreia do Norte.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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