
O nome de Alejandro Jodorowsky aparece em discussões de cinema independente. E também quando o assunto é literatura, quadrinhos, magia… O franco-chileno Jodorowsky catalisa sua criatividade por diferentes meios.
Nos anos 70, Jodorowsky escreveu, dirigiu e estrelou o western “El Topo”. Não assisti, então coloco aqui um resumo que o André Conti fez em uma crítica publicada no Omelete há 20 anos: “é uma espécie de faroeste espiritual com toques de comédia, drama e surrealismo. O longa conta a história de um pistoleiro (vivido pelo próprio diretor), que depois de abandonar o filho em uma vila, segue para matar quatro mestres que moram no deserto. Jodorowsky mistura Sergio Leone, pai do bangue-bangue italiano, com religião, filosofia, política e muita abstração psicodélica”.
Este “faroeste espiritual” (gostei da expressão) ganhou uma continuação quase meio século depois: “Os Filhos de El Topo”, que saiu em 2016, na França, em forma de graphic novel. O roteiro, claro, é de Jodorowsky, enquanto a arte ficou a cargo do mexicano José Ladrönn.

Esta obra vai, agora, sair no Brasil – já está em pré-venda. Abaixo, a sinopse da editora brasileira da obra, a Comix Zone!:
“No árido Oeste, El Topo foi um bandido que, ao abrir as portas do seu coração, transformou-se em um santo capaz de realizar grandes milagres. De duas mulheres diferentes, teve dois filhos. Figura funesta de couro preto a vagar pelo deserto, Caim, o maldito, jurou matar o pai, a quem nunca perdoou. Incapaz de levar a cabo a sua vingança, decide então voltar sua fúria contra seu meio-irmão Abel. E neste oeste selvagem, tingido de misticismo, todos que cruzarem seu caminho serão vítimas colaterais…”