Semana da Independência: ótima justificativa para eu falar aqui de quadrinhos nacionais, certo? (Não que eu precise de desculpas para isso, é só checar no índice do Hábito de Quadrinhos sobre HQs brasileiras).

Quando estava buscando o que abordar nesta semana, achei um livro no Catarse com uma premissa bem interessante – e que tem tudo a ver com a data: “Educação para abolição: charges e HQs no Segundo Reinado do Brasil“, de Thiago Modenesi (editora Quadriculando).

Trata-se de uma obra que, entre outros temas, aborda bastante os quadrinhos e charges de Angelo Agostini, patrono da HQ brasileira.

Abaixo, o resumo disponibilizado pela editora no Catarse:

“A obra Educação para Abolição: charges e histórias em quadrinhos no Segundo Reinado do Brasil ganha aqui sua terceira edição, revisada e ampliada, com mais ilustrações do mestre Angelo Agostini, ítalo-brasileiro considerado um dos pais dos quadrinhos no nosso país.

O livro foi escrito pelo professor Thiago Modenesi, editor da Quadriculando, a partir de sua dissertação de mestrado premiada no Troféu HQMix em 2013 como melhor dissertação daquele ano.

O Professor Thiago Modenesi criou esse livro a partir de sua pesquisa sobre o potencial educacional que os desenhos de Angelo Agostini teriam na formação da corrente abolicionista no Segundo Reinado do país. Agostini era um contestador do Império, um crítico sagaz e mordaz de Dom Pedro II e passou pouco a pouco a retratar em traços realistas os absurdos que se perpetravam contra os negros no Brasil.”

Se você nunca leu nada do incontornável Agostini, não custa nada lembrar: o livro “As Aventuras de Nhô-Quim e Zé Caipora: os primeiros quadrinhos brasileiros 1869-1883” reúne 160 páginas de quadrinhos de Agostini publicados no século 19 e está disponível, online e de graça, no site do Senado Federal.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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