Quando eu era jovem, encontrar edição brasileira de um mangá era coisa rara. Havia alguns animes na TV, mas eu gostava mesmo era de quadrinhos. E, exceto exemplares esparsos e dificilmente encontráveis de “Lobo Solitário”, eu tinha à disposição… nada. Não havia como ler mangá no Brasil.

Olhe na sua livraria virtual preferida ou vá a uma livraria física (de preferência, de máscara e mantendo distanciamento). Há dezenas de mangás novos no Brasil todo mês. O que aconteceu?

Talvez a resposta esteja dentro da própria cultura dos mangás. A qualidade dos autores, a diversidade dos temas. E quanto mais lemos ou estudamos mangás, mas compreendemos de que ainda há muito pela frente.

Tudo isso para dizer que a editora Estação Liberdade disponibilizou no Catarse o livro teórico “Mil Anos de Mangá”, da francesa Brigitte Koyama-Richard. Uma porta de apresentação – ou de aprofundamento – neste universo que são os mangás. Deixo, abaixo, a descrição que a editora colocou no Catarse.

“Nos últimos anos, o mangá tem feito um sucesso fenomenal não só no Japão, onde domina o mercado editorial, mas também no Ocidente. Por mais contemporânea que essa forma de arte gráfica possa parecer, o mangá está, na verdade, profundamente enraizado na cultura japonesa, baseando-se muitas vezes em suas tradições artísticas centenárias.

Mil anos de mangá, como o próprio nome diz, conta a história do mangá, ou das histórias em quadrinhos, em seu esplendor e diversidade. Do inspirador mangá Hokusai até a aparição dos Gekiga, os mangás realistas dos anos 1950; do marco que foi Astro Boy, de Tezuka Osamu, à Rosa de Versalhes, de Riyoko Ikeda, um mangá shōjo para garotas jovens; das lendas de samurais até as edições mais alternativas da revista Garo; e dos demônios que povoam a obra de Mizuki Shigeru até as últimas criações de Taniguchi Jirō, cada período aqui percorrido pela autora Brigitte Koyama-Richard é recheado de detalhes e ilustrado com desenhos e gravuras.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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