Fã de quadrinhos nacionais que sou, adoro um pretexto para divulgar obras nacionais. Como estamos na Semana da Independência, achei que era um bom momento para sugerir sete HQs brasileiras lançadas neste ano. Boa leitura 😉

Bendita Cura – Volume 3“, de Mário César
Volume que encerra a trilogia “Bendita Cura”, iniciada em 2018. Em tempos de muito discurso de ódio e fake news, vale acompanhar a história um jovem brasileiro gay de classe média e de sua luta cotidiana para viver em paz em uma sociedade homofóbica e ignorante.

Confinada”, de Triscila Oliveira e Leandro Assis
Um dos grandes destaques dos HQs brasileiros durante a pandemia, “Confinada” mostra a convivência forçada de uma brasileira de classe alta com a doméstica que trabalha em sua casa durante o período de isolamento social. A série foi lançada originalmente nas redes sociais e vai sair em livro pela editora Todavia.

Escuta, Formosa Márcia“, de Marcello Quintanilha
O talentoso Quintanilha, ótimo em narrar crônicas brasileiras, conta o drama de uma enfermeira carioca e de sua filha, envolvida com o crime organizado.

Horácio Completo“, de Mauricio de Sousa
Uma coleção em quatro volumes que compila todos os tabloides estrelados por um dos mais icônicos personagens do Mauricio de Sousa: Horácio, nosso dinossaurozinho favorito.

Manual do Minotauro“, de Laerte
Livraço! São mais de 400 páginas inusitadas, criativas, incríveis. É tudo tão diferente que se você for reler o livro logo após encerrar a primeira leitura, ainda sim vai se surpreender: seja pela riqueza dos detalhes e dos símbolos, seja pelos roteiros.

Ragu” nº 8, de Christiano Mascaro, Dandara Palankof, João Lin, Paulo Floro e mais
Quando o número zero da “Ragú” surgiu, veio com uma meta e tanto: trazer uma variedade de histórias autorais, com estilos e propostas diferentes entre si. Isso foi em 2000! Mais de duas décadas depois, este pandêmico 2021 nos trouxe um novo volume da “Ragu”, com mais de 150 páginas reunindo 41 (!) artistas.

Séno Mókere Káxe Koixómuneti – A Pajé Surda”, de Ivan de Souza, Kelly Priscilla Lóddo Cezar e Julia Ponnick
Este é o volume mais recente de um projeto que me cativou: o HQ’s Sinalizadas, uma iniciativa para produzir e distribuir histórias em quadrinhos em libras, a linguagem brasileira de sinais, usada por pessoas surdas. “Séno Mókere Káxe Koixómuneti” é seu título em terena, e a tradução resumo o enredo: trata-se da história de Sol, uma pajé terena surda.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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