Uma vez, antes da pandemia (o que parece Pré-História para mim), eu estava em um restaurante de Washington (EUA) lendo um livro de contos do H.P. Lovecraft. Fui interrompido por um completo desconhecido, que veio me dar parabéns por ler Lovecraft. Achei curioso.

Sempre achei que seria difícil adaptar alguns contos de Lovecraft para mídias como o cinema e os quadrinhos. Alguns de seus demônios e monstros são descritos como “suas formas desafiam as leis da geometria” (como ilustrar isso?) ou, em outro caso, como uma cor que não existe (como colorir isso?).

Pode ser difícil, claro, mas isso nunca impediu ninguém antes. O mangaká japonês Gou Tanabe se propôs a adaptar justamente um destes contos difíceis: “A Cor que Caiu do Espaço”. Tanabe já havia adaptado contos de Lovecraft antes – “H.P. Lovecraft – O Cão de Caça e Outras Histórias“, publicado aqui pela JBC, reuniu três destes trabalhos.

E a mesma JBC colocou à venda “A Cor que Caiu do Espaço“. Abaixo, a sinopse da editora:

“Em “A Cor que Caiu do Espaço”, Gou Tanabe adapta para os mangás um dos mais famosos contos do pai do horror cósmico, H. P. Lovecraft. Ele narra os estranhos acontecimentos em um pequeno vilarejo de Arkham cuja vida começa a mudar após a queda de um misterioso meteorito que irradia uma cor etérea única e indescritível. A “influência” da pedra espacial parece corromper tudo aquilo que entra em contato com ela dentro e fora do vilarejo. Seja o gado, sejam as plantações ou até mesmo as pessoas, nada nunca mais foi igual depois da queda do estranho corpo celeste, levando o terror e o medo a todos.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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