Há alguns nomes que, para mim, tornam a primeira metade do século 20 um momento incrível dos quadrinhos brasileiros: Angelo Agostini (que, sim eu sei, começou no século 19), Péricles Maranhão, J. Carlos, Belmonte… Para mim, todo livro (filme, exposição…) sobre eles é muito bem-vinda.

Pois bem! Rai Guimarães colocou em pré-venda em seu site pessoal uma biografia em quadrinhos do inesquecível Belmonte: “Belmonte – O Cavaleiro da Triste Figura“. Ainda não li, mas já agradeço a iniciativa.

Aliás, certamente não sou o único fã dele. Seu personagem mais famoso, o maravilhoso Juca Pato, é sinônimo de qualidade: a União Brasileira de Escritores (UBE) distribui, desde 1963 (eu nem era nascido!), o Troféu Juca Pato a quem escolhem como intelectual do ano.

Abaixo, a sinopse de Rai Guimarães sobre a biografia que criou:

“História em quadrinhos sobre a vida de Benedito Carneiro Bastos Barreto, o Belmonte. Artista do traço que foi um dos maiores chargistas que o Brasil conheceu. Paulistano, que largou a faculdade de medicina para se tornar desenhista em tempo integral, produziu na folha da manhã e da noite, charges, ilustrações e caricaturas de 1921 à 1947. Foi também ilustrador, pintor, historiador, jornalista e cronista. Como chargista foi um crítico feroz do autoritarismo e um grande defensor da democracia. Até hoje é lembrado por sua maior criação, o personagem Juca Pato, um simpático e irônico cidadão Paulistano, com o qual Belmonte fazia críticas mordazes aos poderosos que governavam o Brasil e o mundo da época. Belmonte sempre foi descrito por quem o conheceu como um sujeito de aspecto triste e melancólico e que falava e sorria muito pouco. Se comunicava melhor por suas charges, caricaturas e histórias em quadrinhos com as quais fez pensar e rir não só os paulistas mas o Brasil e o mundo.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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