A editora Veneta está lançando no Brasil “Wonder Wart-Hog“, de Gilbert Shelton, o criador dos “Freak Brothers”. Com seu uniforme verde colado ao corpo, sua capa, meias e sunga (sobre a calça, claro) vermelhas, esta espécie de javali humanizado é um crítica, extremamente ácida, ao universo dos super-heróis. Mas não só.

Lançado em 1962, o “Porco de Aço” (sim, ele te este apelido) também critica ideias retrógradas, estúpidas e reacionárias da extrema-direita americana de então. Ele veio na esteira do macarthismo, intensa repressão política que assolou os EUA de então e, violando direitos civis, perseguiu professores, escritores, artistas e sindicalistas. Não sei você, mas eu reli a frase anterior e me pareceu que Shelton criou estas HQs há pouquíssimos anos.

Abaixo, a sinopse da editora:

“Wonder Wart-Hog foi o primeiro grande sucesso dos quadrinhos undergrounds. Uma sátira iconoclasta do Super-Homem e outros personagens do gênero, essa série foi além e chamou a atenção pela ousadia, pioneirismo e humor com que tratou alguns dos mais críticos problemas da sociedade moderna: a extrema direita, a desinformação de massa, o incontrolável poder das corporações… E é surpreendente o quanto sua crítica continua atual e hilariante.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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