A editora Conrad lançou aqui no Brasil a graphic novel “Duas Moças Nuas – A história de um quadro“, criada pelo francês Luz. A obra vem com um belo pedigree: conquistou Fauve D’Or – prêmio de melhor álbum – da edição deste ano do Festival de Angoulême.

Luz é o pseudônimo de Renald Luzier, artista que não só trabalhou no famoso “Charlie Hebdo” como é um dos sobreviventes do terrível massacre de 2015 – ele chegou atrasado naquele fatídico 7 de janeiro (aliás, seu aniversário). “Duas Moças Nuas” é a biografia do pintor alemão Otto Mueller (1874-1930).

A edição do ano que vem do Festival de Angoulême, aliás, foi cancelada. Ainda não consegui comentar aqui no site, mas devo ter um texto didático sobre este cancelamento ainda nesta semana.

Abaixo, a sinopse da editora para “Duas Moças Nuas”:

“Em meados de 1919, numa floresta nos arredores de Berlim, Otto Mueller pinta Duas Moças Nuas. Do ateliê de Mueller para a parede de um advogado judeu e depois para a exposição de “arte degenerada” promovida pelo regime nazista, o leitor acompanha uma crise crescente: a Grande Depressão de 1929, a ascensão de Hitler ao poder e a perseguição aos judeus.
Luz nos proporciona a intensa experiência de testemunhar o curso da história por meio dos olhos de uma pintura censurada. Testemunha silenciosa de um mundo que a atropela, Duas Moças Nuas não deixa de ser uma sobrevivente. A HQ também foi vencedora do Fauve d’or 2025 do Festival de Quadrinhos de Angoulême, o prêmio máximo deste importante evento de quadrinhos do mundo.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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