
Fabiane Langona, a Chiquinha, tem olhar afiado, humor crítico e, de quebra, um estilo muito próprio ao ilustrar suas charges e quadrinhos. É possível, de longe, reconhecer seu traço característicos – especialmente para quem acompanha, diariamente, sua tira “Viver Dói” na Folha.
E é exatamente uma seleção destas tiras que compõe o nome o novo livro da Chiquinha: “Viver Dói“, que a Bebel Books já colocou em pré-venda – o lançamento será no início do mês que vem, durante a Bienal de Quadrinhos de Curitiba (de 4 a 7/9 no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba).

Achei interessante esta fala dela, que encontrei no site da sua editora, ao comentar seu trabalho: “O que eu via nos quadrinhos feitos por homens não era bem o que eu desejava expressar. Até mesmo alguns, que julgava serem meus maiores mestres, comecei a enxergar com outros olhos. Isso pra não falar das heroínas com peitões, roupas coladas, sempre impecáveis. A Mulher-Maravilha de salto, combatendo o crime! Eram coisas que não me desciam. Visões estereotipadas, apelativas sexualmente e que não refletiam a realidade. Havia algo estranho… E instintivamente comecei a desenhar o que não lia”.
Acima, abaixo, espelhado por este texto: exemplos da arte autoral da Chiquinha 🙂
