Fabiane Langona, a Chiquinha, tem olhar afiado, humor crítico e, de quebra, um estilo muito próprio ao ilustrar suas charges e quadrinhos. É possível, de longe, reconhecer seu traço característicos – especialmente para quem acompanha, diariamente, sua tira “Viver Dói” na Folha.

E é exatamente uma seleção destas tiras que compõe o nome o novo livro da Chiquinha: “Viver Dói“, que a Bebel Books já colocou em pré-venda – o lançamento será no início do mês que vem, durante a Bienal de Quadrinhos de Curitiba (de 4 a 7/9 no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba).

Achei interessante esta fala dela, que encontrei no site da sua editora, ao comentar seu trabalho: “O que eu via nos quadrinhos feitos por homens não era bem o que eu desejava expressar. Até mesmo alguns, que julgava serem meus maiores mestres, comecei a enxergar com outros olhos. Isso pra não falar das heroínas com peitões, roupas coladas, sempre impecáveis. A Mulher-Maravilha de salto, combatendo o crime! Eram coisas que não me desciam. Visões estereotipadas, apelativas sexualmente e que não refletiam a realidade. Havia algo estranho… E instintivamente comecei a desenhar o que não lia”.

Acima, abaixo, espelhado por este texto: exemplos da arte autoral da Chiquinha 🙂

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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