Em 2015, a Martins Fontes lançou por aqui o drama “A Propriedade”, da israelense Rutu Modan. Talentosa como roteirista e ilustradora, Modan já havia vencido dois Eisner Awards até então, ambos na categoria de melhor graphic novel inédita: em 2008, por “Exit Wounds” (que ainda não saiu por aqui), e em 2014, pelo já citado “A Propriedade”. Um bom sinal para quem gostou de seu trabalho, mas….

…mas nenhuma dela saiu aqui no Brasil nos nove anos seguintes. E, agora, este hiato finalmente terminou. A Martins Fontes lançou, em dezembro, “Túneis“, a nova HQ de Rutu Modan.

Abaixo, a sinopse da editora:

“Uma sátira fascinante, elogiada por The New York Times, The Guardian e Forbes. O conflito Israel x Palestina numa história que envolve humor, drama e suspense. Este é um quadrinho ousado e divertido, que envolve um grupo de personagens inusitado em torno de um objetivo em comum: achar a Arca da Aliança, um dos objetos sagrados mais cobiçados do mundo. Palestinos e israelenses cavam lado a lado, na esperança de encontrar o artefato que se acreditam ser um canal para Deus. Mas eles não conseguem confiar um no outro: as desconfianças, o preconceito e as falhas de comunicação levam à formação de alianças pelas costas. Rutu Modan, a mais importante quadrinista de Israel, acredita, porém, que é possível, sim, haver outra aliança: “Sou testemunha de que essas coisas acontecem, agora mesmo, em pequena escala – mínima, mas ainda assim real. Sou testemunha de que isso é possível e de que vale a pena batalhar por isso. Penso, por exemplo, nos meus alunos em Jerusalém, jovens israelenses e palestinos muito talentosos, cheios de ideias e sonhos. Dedico esta edição de Túneis a eles e a todos que vivem e têm suas raízes nesta terra, e que preferem criar e construir em vez de destruir e aniquilar. Sairemos vitoriosos, e nossa vitória será absoluta” (do posfácio escrito à edição brasileira). Esta é o terceiro romance gráfico de Rutu Modan, duas vezes vencedora do Prêmio Eisner.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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