Traduções de mangás, felizmente, não faltam aqui no Brasil. Dos clássicos Riyoko Ikeda e Osamu Tezuka aos contemporâneos Kabi Nagata e Naoki Urasawa, passando por Jiro Taniguchi e outros craques, estamos bem servidos. Já quando o assunto são quadrinhos africanos, a oferta, infelizmente é pequena.

Lembrei disso me deparar com o primeiro mangá criado no… Zimbábue! Localizado no sul da África e sem saída para o mar, o Zimbábue tem, claro, sua própria produção de quadrinhos – e, pelo que vi, de fãs de mangás.

Descobri lendo a Squid Mag que foi publicada, no ano passado, a antologia “Kalabash”. São quatro histórias criadas apenas por artistas zimbabuanos, mas emulando o icônico estilo dos mangás. O livro foi produzido pelo Afro Tokyo, um projeto local mais voltado para animação e design, mas que também abrange outras áreas.

Todos os envolvidos neste projeto são autores locais e nenhum deles é conhecido por aqui. Como acho improvável ver esta publicação no Brasil em um futuro próximo e fiquei curioso para ver o resultado, fui ver se disponibilizaram online. Lado bom: sim, disponibilizaram! Lado ruim: estava fora do ar quando tentei. Se quiser tentar acessar, é aqui.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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