Sexta à noite, horário lá da linda San Diego (EUA, um dia ainda volto…), os organizadores do Eisner Awards divulgaram os vencedores deste ano.

Não estranhe se conhecer poucos vencedores: é um prêmio voltado para a indústria norte-americana de quadrinhos, embora haja duas categorias voltada para estrangeiros, e a maior parte é inédita por aqui.

O grande destaque é “Roaming” (imagem que abre este texto), das primas canadenses Mariko Tamaki e Jillian Tamaki, que saiu por aqui pela nVersos. Venceu em três categorias: melhor graphic álbum (inédito), melhor roteirista (Mariko) e desenhista/arte-finalista (Jillian). A revista “Transformers” venceu duas vezes: melhor série contínua e melhor escritor/artista, para Daniel Warren Johnson.

Duas quadrinistas sagraram-se tricampeãs na mesma categoria: a neozelandesa Rachel Smythe, por “Lore Olympus” (melhor webcomic; a edição impressa sai no Brasil pela Suma); e Sana Takeda, melhor artista multimídia por “The Night Eaters: Her Little Reapers” e “Monstress”.

Abaixo, os vencedores:

Melhor graphic álbum (inédito)
“Roaming” (acima), de Mariko Tamaki e Jillian Tamaki

Melhor roteirista
Mariko Tamaki, “Roaming”

Melhor desenhista/arte-finalista ou equipe de desenhista/arte-finalista
Jillian Tamaki, “Roaming”

Melhor história curta
“The Kelpie,” de Becky Cloonan, em “Four Gathered on Christmas Eve”

Melhor edição única
“Nightwing” #105, de Tom Taylor e Bruno Redondo

Melhor minissérie
“PeePee PooPoo”, de Caroline Cash

Melhor obra de memória
“Family Style: Memories of an American from Vietnam”, de Thien Pham

Melhor série contínua
“Transformers” (acima), de Daniel Warren Johnson

Melhor escritor/artista
Daniel Warren Johnson, “Transformers”

Melhor capista
Peach Momoko, “Demon Wars: Scarlet Sin” e capas para a Marvel

Melhor série nova
“Somna: A Bedtime Story”, de Becky Cloonan e Tula Lotay

Melhor publicação para leitores de até 8 anos
“Bigfoot and Nessie: The Art of Getting Noticed”, de Chelsea M. Campbell e Laura Knetzger

Melhor publicação para leitores entre 9 e 12 anos
“Mexikid: A Graphic Memoir”, de Pedro Martín

Melhor publicação para leitores entre 13 e 17 anos
“Danger and Other Unknown Risks”, de Ryan North e Erica Henderson

Melhor artista multimídia
Sana Takeda, “The Night Eaters: Her Little Reapers” (acima); “Monstress” (pelo terceiro ano consecutivo)

Melhor obra baseada em realidade
“Three Rocks: The Story of Ernie Bushmiller: The Man Who Created Nancy”, de Bill Griffith

Melhor adaptação para quadrinhos
“Watership Down”, de James Sturm e Joe Sutphin, adaptando Richard Adams

Melhor projeto/coleção de tiras
“Dauntless Dames: High-Heeled Heroes of the Comic Strips”, edição de Peter Maresca e Trina Robbins

Melhor projeto/coleção de revista
“All-Negro Comics 75th Anniversary Edition”, editada por Chris Robinson

Melhor obra estrangeira – Ásia
“My Picture Diary”, de Fujiwara Maki

Melhor graphic álbum (reimpressão) – houve empate
“Wonder Woman Historia: The Amazons”, de Kelly Sue DeConnick, Phil Jimenez, Gene Ha e Nicola Scott
“Hip Hop Family Tree: The Omnibus”, de Ed Piskor

Melhor obra estrangeira
“Blacksad” #7 (acima), de Juan Díaz Canales e Juanjo Guarnido

Melhor publicação sobre quadrinhos
“The Comics Journal” #309; editada por Gary Groth, Kristy Valenti e Austin English

Melhor livro sobre quadrinhos
“I Am the Law: How Judge Dredd Predicted Our Future”, de Michael Molcher

Melhor trabalho acadêmico
“The Claremont Run: Subverting Gender in the X- Men”, de J. Andrew Deman

Melhor design
Box com “Bram Stoker’s Dracula” e “Mary Shelley’s Frankenstein”, design de Mike Kennedy

Melhor publicação de humor
“It’s Jeff: The Jeff-Verse” #1, de Kelly Thompson e Gurihiru

Melhor antologia
“Comics for Ukraine”, editada por Scott Dunbier

Melhor quadrinho digital
“Friday”, de Ed Brubaker e Marcos Martin, vols. 7–8

Melhor webcomic
“Lore Olympus” (acima), de Rachel Smythe (pelo terceiro ano consecutivo)

Melhor colorista
Jordie Bellaire, por “Batman”, “Birds of Prey” e “Dark Spaces: Hollywood Special”

Melhor letreiramento
Hassan Otsmane-Elhaou, por várias obras

Adicionados ao Hall da Fama
Escolha dos jurados: Creig Flessel, A. B. Frost, Billy Graham, Albert Kanter, Warren Kremer, Oskar Lebeck, Frans Masereel, Keiji Nakazawa, Noel Sickles, Cliff Sterrett, E. C. Stoner, George Tuska, Kim Deitch, Gary Groth, Don McGregor, Bryan Talbot, Ron Turner, Lynn Varley e James Warren
Escolha do público: Klaus Janson, Jim Lee, Mike Mignola e Jill Thompson

Prêmio Humanitário Bob Clampett
Regine Sawyer (Women in Comics Collective International)

Prêmio de Talento Promissor Russ Manning
Oliver Bly

Prêmio Bill Finger Award de Excelência na Escrita de Quadrinhos
Ralph Newman e Jo Duffy

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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