Você assistiu à ficção científica “O Eternauta”, da Netflix, protagonizada pelo sempre competente Ricardo Darín? Recomendo! E você já leu “O Eternauta”, clássico dos quadrinhos argentinos? Recomendo também!

O brilhante roteirista Héctor Germán Oesterheld e o ilustrador Francisco Solano López criaram, entre 1957 e 59, uma alegoria política em forma de ficção científica. A Argentina retratada na história era invadida por um misterioso e poderosíssimo inimigo, que assumiu uma poder – uma metáfora que se encaixa em qualquer ditadura. E como um cidadão comum reage quando perde sua liberdade, seus direitos, tudo?

Oesterheld e Solano López voltaram ao universo de “O Eternauta” 15 anos após a conclusão da série e criaram, digamos assim, uma “nova temporada”, publicada entre 1976 e 78. É este volume que a Pipoca e Nanquim colocou em pré-venda: “O Eternauta – Segunda Parte“.

Abaixo, a sinopse da editora:

“A trama se inicia exatamente onde o primeiro O Eternauta termina, com o próprio Oesterheld, como personagem, apavorado pela história que lhe fora relatada por um misterioso viajante da eternidade chamado Juan Salvo. Ele faz um alerta ao Juan do presente e seus companheiros sobre a tragédia que os aguarda, mas o grupo acaba preso em uma dobra espaço-temporal que os transporta para um futuro remoto, no qual o mundo virou ruínas e a sociedade, reduzida a um estado primal, agora é dominada por um ditador de outro mundo.
Meses antes da publicação do último capítulo, Oesterheld desapareceu por definitivo nas mãos do governo militar, nos deixando O Eternauta – Segunda Parte como seu clamor final por uma ideia de resistência coletiva e construção de um futuro melhor.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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