Ela foi criada em uma obra de fantasia de humor, mas transcendeu e hoje está presente em dramáticas manifestações sociais do mundo real: ela foi avistada recentemente durante protestos em Indonésia, Japão, Filipinas, Coreia do Sul ou Nepal. Trata-se da bandeira de “One Piece“, icônico mangá de Eiichiro Oda.

Tanto o espanhol El País quanto o britânico The Guardian (ambos excelentes jornais) repararam: manifestações recentes em países asiáticos têm contado com a presença da bandeira com uma caveira usando um chapéu de palha criada por Eiichiro Oda, símbolo ligado ao protagonista Monkey D. Luffy.

Se você não conhece este mangá, uma breve apresentação: “One Piece” é uma série longa e de sucesso: iniciada em 1997 no Japão, já vendeu mais de 520 milhões de exemplares mundo afora, em mais de 60 países. Narra a história do hilário e nobre pirata Monkey D. Luffy, que busca o maior tesouro de todos os tempos.

Narra o El País, de onde tirei a imagem que abre este texto: “Qualquer pessoa reconhece imediatamente o significado de uma bandeira preta com uma caveira. Antigamente, as tripulações que sofriam assaltos aprenderam isso, e aos poucos todo mundo ficou sabendo: piratas! Milhões de fãs de mangá e anime sabem que, se a bandeira também tiver um chapéu de palha, ela representa os bucaneiros protagonistas de One Piece, de Eiichiro Oda. Mas, ultimamente, o símbolo transcendeu o papel e as telas para ondular na vida real: especificamente, em protestos cidadãos na Indonésia, Japão, Filipinas, Coreia do Sul ou Nepal. A bandeira típica de One Piece foi vista em manifestações, mas também em faixas, murais ou pendurada em varandas, para reivindicar o mesmo que nos quadrinhos: liberdade, rebeldia e resistência.”

Narra o Guardian: “Na Indonésia, foi pendurada do lado de fora das casas, em motocicletas, carros e caminhões, em sinal de descontentamento com o governo, que culminou em protestos violentos contra os privilégios luxuosos dos políticos. No Nepal, foi colocada nos portões dourados do palácio que abriga o parlamento, enquanto os jovens derrubavam seu governo. Nas Filipinas, foi hasteada em comícios por manifestantes furiosos com a suposta corrupção do governo. A bandeira (…) tornou-se um símbolo de rebeldia e esperança para os manifestantes da geração Z em toda a Ásia.”

Se você quer conhecer esta divertida obra

“Luffy é um garoto que deseja tornar-se um pirata por causa do Shanks. Durante uma discussão com Shanks por causa de alguns bandidos das montanhas, o garoto acaba comendo a Gomu Gomu no Mi. Mais tarde, porém, os bandidos retornam e Luffy decide comprar briga com eles bem quando os piratas não estão lá para protegê-lo. Shanks salva Luffy, mas acaba perdendo seu braço esquerdo por conta disso e logo deixa seu chapéu com o garoto.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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