O tradicional e charmoso Festival de Angoulême, realizado anualmente na França, divulgou neste final de semana os vencedores da edição deste ano. E o Fauve D’Or – prêmio de melhor álbum – foi concedido a “Deux filles nues” (imagem que abre este texto, bem como a abaixo), do francês Luz, de 53 anos.

Luz é o pseudônimo de Renald Luzier, artista que não só trabalhou no famoso “Charlie Hebdo” como é um dos sobreviventes do terrível massacre de 2015 – ele chegou atrasado naquele fatídico 7 de janeiro (aliás, seu aniversário). Seu “Deux filles nues” é a biografia do pintor alemão Otto Mueller (1874-1930).

O Festival de Angoulême concede muitos outros prêmios, mas destaco aqui alguns que considero importantes:

  • A francesa Anouk Ricard, que já brilhou tanto com obras infantis quanto adultas, ficou com o Grande Prêmio do Festival de Angoulême;
  • O talentoso e simpático norte-americano John Romita Jr., com marcantes passagens nas revistas mensais do Demolidor e do Homem-Aranha, levou o prêmio de honra pelo conjunto de sua obra;
  • O Prêmio Especial do Júri foi para Jean-Christophe Deveney e Tommy Redolfi, por “Les Météores”;
  • O Prêmio do Público ficou com a belga Alix Garin, por “Impénétrable”;
  • O mangá “Dementia 21” (abaixo), de Shintaro Kago, foi eleita a melhor série; a obra sai no Brasil pela editora Todavia.
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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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