De tempos em tempos, as gigantes DC e Marvel nos apresentam com reinterpretações de seus principais personagens. Às vezes, são histórias interligadas em um mesmo universo, caso do selo Ultimate, da Marvel (onde surgiu a versão Miles Morales do Homem-Aranha). Na maior parte dos casos, infelizmente, fazem muito barulho, mas depois desaparecem.

Na maior parte do caso, mas não em todos. A DC tem apresentado, aos poucos, seu universo Absolute: recriações de seus personagens mais icônicos em um universo majoritariamente sombrio. Ainda não li para opinar, mas me parece que a mais promissora é a reinvenção da Mulher-Maravilha, que ficou a cargo de Kelly Thompson (roteiro) e Hayden Sherman (ilustrações). Esta é a dupla por trás de “Absolute Wonder Woman”, a revista mensal desta nova versão da amazona.

A versão absolute da Mulher-Maravilha ainda é uma heroína, mas há muitas diferenças em relação à personagem a que estamos acostumados. A começar pelo visual: em vez do icônico Laço da Verdade, ela é vista com uma ostensiva e gigantesca espada. Sua origem também mudou: ela agora é a última amazona (o que será que aconteceu com as demais?) e sua mãe adotiva é a poderosa feiticeira Circe – costumeiramente inimiga não só da Mulher-Maravilha, mas da Liga da Justiça.

Ah! Esta Mulher-Maravilha não foi criada na ilha Themyscira, mas no Inferno. Sacou a diferença?

Absolute Mulher-Maravilha” começou bem, com dois Eisner Awards nas costas: melhor colorista (para Jordie Bellaire, que recebeu o prêmio por trabalhar neste e em mais nove títulos) e melhor série inédita. É esta série que a Panini está colocando em pré-venda, reunindo os dois primeiros números da coleção americana na edição de lançamento.

Abaixo, a sinopse da editora:

“Prepare-se para o Universo Absolute! Sem a Ilha Paraíso… sem a irmandade que a formou… sem uma missão de paz… tudo o que restou é a Amazona Absoluta! Uma surpreendente reimaginação da Mulher-Maravilha pela escritora vencedora do Prêmio Eisner Kelly Thompson e do artista Hayden Sherman!”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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