
De tempos em tempos, as gigantes DC e Marvel nos apresentam com reinterpretações de seus principais personagens. Às vezes, são histórias interligadas em um mesmo universo, caso do selo Ultimate, da Marvel (onde surgiu a versão Miles Morales do Homem-Aranha). Na maior parte dos casos, infelizmente, fazem muito barulho, mas depois desaparecem.
Na maior parte do caso, mas não em todos. A DC tem apresentado, aos poucos, seu universo Absolute: recriações de seus personagens mais icônicos em um universo majoritariamente sombrio. Ainda não li para opinar, mas me parece que a mais promissora é a reinvenção da Mulher-Maravilha, que ficou a cargo de Kelly Thompson (roteiro) e Hayden Sherman (ilustrações). Esta é a dupla por trás de “Absolute Wonder Woman”, a revista mensal desta nova versão da amazona.
A versão absolute da Mulher-Maravilha ainda é uma heroína, mas há muitas diferenças em relação à personagem a que estamos acostumados. A começar pelo visual: em vez do icônico Laço da Verdade, ela é vista com uma ostensiva e gigantesca espada. Sua origem também mudou: ela agora é a última amazona (o que será que aconteceu com as demais?) e sua mãe adotiva é a poderosa feiticeira Circe – costumeiramente inimiga não só da Mulher-Maravilha, mas da Liga da Justiça.
Ah! Esta Mulher-Maravilha não foi criada na ilha Themyscira, mas no Inferno. Sacou a diferença?

“Absolute Mulher-Maravilha” começou bem, com dois Eisner Awards nas costas: melhor colorista (para Jordie Bellaire, que recebeu o prêmio por trabalhar neste e em mais nove títulos) e melhor série inédita. É esta série que a Panini está colocando em pré-venda, reunindo os dois primeiros números da coleção americana na edição de lançamento.
Abaixo, a sinopse da editora:
“Prepare-se para o Universo Absolute! Sem a Ilha Paraíso… sem a irmandade que a formou… sem uma missão de paz… tudo o que restou é a Amazona Absoluta! Uma surpreendente reimaginação da Mulher-Maravilha pela escritora vencedora do Prêmio Eisner Kelly Thompson e do artista Hayden Sherman!”
