“Fale da sua aldeia e estará falando do mundo inteiro.” Não falo russo, então não sei dizer a esta famosa frase de Tolstoi é exatamente assim, mas acho que dá para pegarmos a ideia. E o mangaká japonês Susumu Higa ficou famoso ao seguir este caminho: retratando a região de Okinawa onde nasceu e cresceu.

Higa, contemplado com o Grande Prêmio do Festival de Arte Midiática do Japão na categoria mangá em 2003, publicou duas coletâneas com histórias curtas retratando a Okinawa que ele conhece tão bem: “Espada de Areia”, em 1995, e “Mabui”, 15 anos depois. E a Conrad lançou há 2 meses, aqui no Brasil, um volumão de 500 páginas que reúne estas duas edições: “Okinawa“.

Abaixo, a sinopse da editora:

“O mangá é um grande compilado de histórias curtas que refletem sobre a história difícil dessa província e expõem a espiritualidade tradicional de Okinawa, as realidades modernas da contínua ocupação militar dos EUA e a falta de sentido da guerra.
Okinawa é um documento angustiante de guerra, mas também é uma obra que aborda os sonhos e as necessidades de um povo à medida que avança para um futuro incerto, tornando-se uma leitura essencial para qualquer pessoa interessada na Segunda Guerra Mundial e em seus efeitos nas vidas dos japoneses hoje, bem como nas pessoas e na cultura deste lugar fascinante e complexo.”

Please follow and like us:

Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

LinkedIn: https://br.linkedin.com/in/pedro-cirne-563a98169