O mundo dos quadrinhos perdeu neste final de semana o versátil e talentoso roteirista norte-americano Peter David. Separei aqui cinco quadrinhos que mostram o sua enorme capacidade de envolve o leitor e os levar por histórias repletas de ação, humor, drama e até questões morais.

Homem-Aranha – A Morte de Jean DeWolff (imagem que abre este texto)
Uma das histórias mais dramáticas do nosso aracnídeo preferido – e olha que não são poucas. Uma das mais interessantes personagens coadjuvantes do Amigão da Vizinhança é brutalmente assassinada, e o Aranha parte em uma investigação difícil, em que os malucos não óbvios devem ser observados de perto. Impactante.

Supergirl
Outra personagem que teve seu conceito completamente revirado. Peter David partiu do ponto de partida original (ligada ao Superman), mas acrescentou anjos e demônios, questões de fé, ligação com os pais… e entregou algumas das melhores histórias da personagem – para mim, “Os Últimos Dias” segue sendo a melhor.

Aquaman
“Olha! Um herói que conversa com peixes! Ele vai ser ótimo contra uma invasão alienígena! Hahahahaha!”
Peter David pegou a revista mensal do Aquaman, até então uma piada, e transformou o personagem em um ícone durão da DC Comics. Mudou o visual (cabelo comprido, barba, gancho no lugar da mão esquerda), mas não só: atitude marrenta, teimosa, encantadora… Você não ia querer topar com ele num beco escuro, mas ia ficar feliz se ele aparecesse para te salvar do perigo.

X-Factor
Inicialmente, pareciam os X-Men da segunda divisão, com mutantes menos conhecidos – Homem-Múltiplo? Polaris? Fortão??? Mas esta saga enorme, completamente interligada com os eternos crossovers e maluquices da Marvel, entregou histórias marcantes e elevou o status de seus personagens.

Hulk
Peter David não apenas comandou a revista mensal do Hulk por anos, mas ampliou consideravelmente a mitologia do personagem. Criou a versão cinza, deu profundidade a seus vilões, apresentou uma faceta completamente inesperada (Hulk como guarda-costas? Hã?). Belíssimo trabalho.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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