
O tradicional e charmoso Festival de Angoulême, realizado anualmente na França, divulgou neste final de semana os vencedores da edição deste ano. E o Fauve D’Or – prêmio de melhor álbum – foi concedido a “Deux filles nues” (imagem que abre este texto, bem como a abaixo), do francês Luz, de 53 anos.
Luz é o pseudônimo de Renald Luzier, artista que não só trabalhou no famoso “Charlie Hebdo” como é um dos sobreviventes do terrível massacre de 2015 – ele chegou atrasado naquele fatídico 7 de janeiro (aliás, seu aniversário). Seu “Deux filles nues” é a biografia do pintor alemão Otto Mueller (1874-1930).

O Festival de Angoulême concede muitos outros prêmios, mas destaco aqui alguns que considero importantes:
- A francesa Anouk Ricard, que já brilhou tanto com obras infantis quanto adultas, ficou com o Grande Prêmio do Festival de Angoulême;
- O talentoso e simpático norte-americano John Romita Jr., com marcantes passagens nas revistas mensais do Demolidor e do Homem-Aranha, levou o prêmio de honra pelo conjunto de sua obra;
- O Prêmio Especial do Júri foi para Jean-Christophe Deveney e Tommy Redolfi, por “Les Météores”;
- O Prêmio do Público ficou com a belga Alix Garin, por “Impénétrable”;
- O mangá “Dementia 21” (abaixo), de Shintaro Kago, foi eleita a melhor série; a obra sai no Brasil pela editora Todavia.
