O governo japonês concedeu pela primeira vez o Prêmio da Ordem da Cultura a um quadrinista. O anúncio foi feito na última sexta-feira, e o contemplado foi concedido a Tetsuya Chiba, cocriador do icônico e dramático mangá “Ashita no Joe – Em Busca do Amanhã“. Vi esta notícia no Anime News Network.

Hoje com 85 anos, Chiba continua na ativa, publicando o mangá autobiográfico “Hinemosu Notari Nikki”, inédito no Brasil. Ele também é presidente da Associação Japonesa de Quadrinistas.

Escrito por Asao Takamori, “Ashita no Joe” narra a história de Joe Kabuki, um órfão de comportamento errático que mora na rua, mas tem um talento enorme para o pugilismo. O mangá foi publicado originalmente entre 1968 e 73 no Japão e depois reunido em 20 volumes. O mangá está saindo no Brasil em uma coleção de 12 volumes publicada pela NewPop.

Abaixo, a sinopse da editora brasileira:

“Joe Yabuki, um rapaz pobre e sem um lar, certo dia, se mete em uma briga e acaba sendo reconhecido pelo seu potencial para o boxe, ganhando assim uma oportunidade de aprender o esporte. Mas a vida de Joe não é fácil e, em meio a reviravoltas, ele acaba indo parar na prisão por seus crimes. Só que o que começa como um tremendo infortúnio logo se transforma em um momento decisivo de sua vida e um recomeço. Joe encontra um rival e, com isso, sua força de vontade para dar duro no esporte. Agora, seu objetivo é um só: vencer Toru Rikiishi, seu rival!”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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