De quando em quando (ao menos uma vez por mês), publicamos aqui no Hábito de Quadrinhos um apanhado de projetos nacionais de HQs que estão em sites de financiamento coletivo. Este caso específico que citarei agora me surpreendeu: uma campanha no Catarse para uma mangateca comunitária!

Se tudo der certo – e, desde já, desejo muito sucesso ao projeto -, a mangáteca terá sua sede própria instalada na comunidade do Fallet, no Rio Comprido, na região central do Rio de Janeiro.

Separei um trecho da apresentação deles no Catarse (foi de lá que tirei também a imagem que abre este texto):

Todo mundo tá ligado do quanto se tornou impossível hoje em dia consumir mangás físicos, ainda mais quando estamos falando do público periférico. Os altos preços de títulos e poucas tiragens de volumes acabam afastando a periferia desse mundo. A Mangateca (biblioteca especializada em revistas de mangás) Comunitária será criada exatamente para combater toda essa falta de acesso.

Infelizmente minha comunidade enfrenta uma grande barreira quando se trata de espaços culturais — tirando o campo de futebol, não existe nenhum ambiente de entretenimento e lazer! Por isso, além de ser um ambiente de leitura, nossa ideia é transformar nosso espaço para potencializar os jovens e adultos da comunidade do Fallet; e, focando nas crianças, é importante ressaltar que é essencial o contato mais cedo na infância quando se trata do processo de formação para novos leitores.

E, assim, com a ajuda de vocês, nossos apoiadores, conseguiremos chegar na grande mídia com esse impacto, mostrando o quão relevante é esse NOSSO projeto, pois não se trata só de mim, Ed, e nossos colaboradores daqui página, mas de toda nossa mobilização em conjunto nessa jornada. Pra quem não tá ligado: durante esses 5 meses já conseguimos mais de 2 MIL exemplares de Mangás/HQs. São três geladeiras LOTADAS e praticamente não tenho mais espaço na minha casa para guardar todos esses volumes!

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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