O mundo todo sofrendo com pandemia, isolamento social, recessão econômica… Quem vai querer entrar em contato com mais drama? Eu, se forem boas histórias…

Eu recomendo aqui, todo sábado, três HQs antigas que eu acho boas e que são relativamente fáceis de achar: é a Sábado Sessão Saudade.

Talco de Vidro”, de Marcelo Quintanilha

Ótima graphic novel brasileira: Rosângela é uma dentista bem sucedida, feliz no casamento, saudável. O que está faltando na vida dela? Aliás, está faltando algo?

A crise existencial da protagonista é narrada com maestria pelo sempre ótimo Marcelo Quintanilha em um livro profundo e reflexivo.

Gen”, de Keiji Nakazawa

Não é exagero dizer que é um mangá que impressiona. Em dez volumes, Nakazawa narra o impacto da bomba atômica no Japão. A história começa antes, dando um contexto para como os moradores de Hiroshima viam a Guerra.

Depois, aparecem as consequências de uma explosão atômica: as mortes, os lutos, as doenças, a pobreza, mais doenças, a fome… Quando achar que a dor provocada pela bomba finalmente acabou, Nakazawa vai te mostrar um aspecto que você jamais tinha imaginado.

Azul É a Cor Mais Quente”, de Julie Maroh

Drama, relacionamento e muita reflexão nesta sensível graphic novel da francesa Julie Maroh. Sim, é a história de amor entre duas mulheres, mas vai muito além disso.

Não vi o filme, portanto não tenho como avaliar se ficou bom, mas não sou o único que gostou da HQ: venceu o prêmio de público da edição de 2011 do Festival de Angoulême, o mais tradicional da Europa.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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