O mundo todo sofrendo com pandemia, isolamento social, recessão econômica… Quem vai querer entrar em contato com mais drama? Eu, se forem boas histórias…
Eu recomendo aqui, todo sábado, três HQs antigas que eu acho boas e que são relativamente fáceis de achar: é a Sábado Sessão Saudade.
“Talco de Vidro”, de Marcelo Quintanilha
Ótima graphic novel brasileira: Rosângela é uma dentista bem sucedida, feliz no casamento, saudável. O que está faltando na vida dela? Aliás, está faltando algo?
A crise existencial da protagonista é narrada com maestria pelo sempre ótimo Marcelo Quintanilha em um livro profundo e reflexivo.
“Gen”, de Keiji Nakazawa
Não é exagero dizer que é um mangá que impressiona. Em dez volumes, Nakazawa narra o impacto da bomba atômica no Japão. A história começa antes, dando um contexto para como os moradores de Hiroshima viam a Guerra.
Depois, aparecem as consequências de uma explosão atômica: as mortes, os lutos, as doenças, a pobreza, mais doenças, a fome… Quando achar que a dor provocada pela bomba finalmente acabou, Nakazawa vai te mostrar um aspecto que você jamais tinha imaginado.
“Azul É a Cor Mais Quente”, de Julie Maroh
Drama, relacionamento e muita reflexão nesta sensível graphic novel da francesa Julie Maroh. Sim, é a história de amor entre duas mulheres, mas vai muito além disso.
Não vi o filme, portanto não tenho como avaliar se ficou bom, mas não sou o único que gostou da HQ: venceu o prêmio de público da edição de 2011 do Festival de Angoulême, o mais tradicional da Europa.